
Entrevista com Ana Belique, líder reconhecida da República Dominicana
Nesta conversa, Ana Belique, co-fundadora e líder do Reconocido, rede que mobiliza dominicanos de ascendência haitiana na luta pela igualdade e pelos direitos à nacionalidade e não discriminação racial, reflete sobre como o racismo opera como um sistema narrativo que possibilita múltiplas formas de violência. Segundo ela explica, essas narrativas não são acidentais: constroem hierarquias, justificam desigualdades e sustentam uma ordem social na qual certas vidas podem ser descartadas.
A partir de sua experiência acadêmica e pessoal, ela aponta como o silenciamento, a criminalização e a naturalização da violência contra pessoas racializadas são parte de uma estrutura que começa com a negação de sua humanidade. Além disso, enfatiza a urgência de gerar espaços de memória e resistência onde se valorize a palavra, a experiência vivida e a produção intelectual daqueles que foram historicamente marginalizados.
A entrevista também aborda o desafio de nomear o racismo em contextos onde sua existência é negada, e a necessidade de um compromisso político e ético com as lutas antirracistas a partir da prática acadêmica, dos movimentos sociais e da ação cotidiana.
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